A História de Pernambuco

 

Bandeira de Pernambuco (Padre João Ribeiro - 1817)

A história de Pernambuco Estado Brasileiro localizado na região Nordeste do país, remonta a antes de seu descobrimento pelos portugueses e inclui as populações de povos Indígenas, Caeté e Tabajara. o seu nome representou diferentes entidades em diferentes momentos da história: Uma Capitania, uma Província, uma República independente e hoje, o nosso multicultural e belíssimo Estado.


O Porque Desse Nome ?

Pesquisas Recentes Indicam que o nome Pernambuco deriva de "Boca de Fernão" um local hoje conhecido como Canal de Santa Cruz um trecho de água salgada que separa a ilha de Itamaracá do continente Sul Americano, era por esse trajeto de água que Fernão de Noronha carregava seus navios com madeira brasileira para comercio na Europa, o nome era falados pelos tupis como "Pernãobuka" e foi registrado pelos escritores franceses como "Fermambouc" a combinação dessas duas pronuncias dão nome ao nosso estado.

A Journal of Natural Philosophy, Chemistry and the Arts, Volume 3 - 1787


Pré-História e Antiguidade

O Nordeste brasileiro possui alguns dos sítios arqueológicos mais antigos do pais, que datam de mais de 40.000 anos a.C. na região que hoje corresponde a Pernambuco , foram identificadas relíquias da ocupação humana de cerca de 9.000 a.C. nas regiões de Chã de Caboclo, em Bom Jardim, Furna do Estragão e Brejo da Madre de Deus, nesta última região foi encontrado uma importante Necrópole, da qual foram recuperados 83 esqueletos.

Necrópole da região de Furna do Estragão 

Entre os grupos indígenas que habitam Pernambuco, os Itaparica são responsáveis por instrumentos de pedra de cerca de 4.000 a.C. e pinturas rupestres que datam por volta do ano zero são atribuídas ao povo Cariris, na época da colonização Portuguesa, os Tabajaras, Tupinambá e os Caetés viviam na área, em algumas partes do estado ainda é possível encontrar grupos indígenas como os Pankararu e os Atikum.

Pinturas rupestres na região da Furna do Estragão

Período pré-colonial e início do período colonial

Talvez o primeiro a chegar ao Brasil foi o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, que no dia 26 de janeiro de 1500 desembarcou no Cabo de Santo Agostinho, litoral Sul de Pernambuco. Entretanto, a navegação de navios castelhanos ao longo da costa americana não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. Portanto, o descobridor do Brasil foi Pedro Álvares Cabral.

Ilustração da colonização portuguesa em Pernambuco

Em 1501, ano seguinte ao da chegada dos europeus ao Brasil, o território de Pernambuco, definido pelo Tratado de Tordesilhas como região pertencente à América portuguesa, é explorado pela expedição de Gonçalo Coelho, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia, inclusive, possivelmente, na atual localidade de Igarassu, cuja defesa seria futuramente confiada a Cristóvão Jacques. Em 1516, foi construído no litoral pernambucano o primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia na América portuguesa, mais precisamente na Feitoria de Itamaracá, confiada ao administrador colonial Pero Capico — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". Em 1526 já figuravam direitos sobre o açúcar de Pernambuco na Alfândega de Lisboa.

Limite territorial estipulado no Tratado de Tordesilhas

No ano de 1532, Bertrand d'Ornesan, o barão de Saint Blanchard, tentou estabelecer um posto de comércio em Pernambuco. Com o navio A Peregrina, pertencente ao nobre francês, o capitão Jean Duperet tomou a Feitoria de Igarassu e a fortificou com vários canhões, deixando-a sob o comando de um certo senhor de La Motte. Meses depois, na costa da Andaluzia na Espanha, os portugueses capturaram a embarcação francesa, que estava atulhada com 15 mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça, 600 papagaios e 1,8 tonelada de algodão, além de óleos medicinais, pimenta, sementes de algodão e amostras minerais. E no exato instante em que A Peregrina era apreendida no mar Mediterrâneo, o capitão português Pero Lopes de Sousa combatia os franceses em Pernambuco. Retomada a feitoria, os soldados franceses foram presos e La Motte foi enforcado. Após ser informado da missão que A Peregrina realizara em Pernambuco, o rei Dom João III decidiu começar a colonização do Brasil, dividindo o seu território em capitanias hereditárias. Iniciou-se então o povoamento efetivo do território pernambucano. O atual estado de Pernambuco equivale a parte da Capitania de Pernambuco, doada por Dom João III no dia 10 de março de 1534 a Duarte Coelho, e parte da Capitania de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Sousa. O Foral da Capitania de Pernambuco serviu de modelo aos forais das demais capitanias do Brasil. Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da capitania que lhe foi concedida, a princípio batizada de "Nova Lusitânia", mas que pouco tempo depois recebeu a denominação que mantém até hoje. Em 1537, os povoados de Igarassu e Olinda, estabelecidos no ano da chegada do donatário, foram elevados a vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa, e seu porto, habitado por pescadores, deu origem à atual cidade do Recife.

As vilas de Olinda e Igarassu, entre os primeiros núcleos de povoamento do Brasil, serviram de ponto de partida para expedições desbravadoras do interior da capitania. Uma dessas expedições, chefiada pelo filho do donatário, Jorge de Albuquerque, penetrou o sertão até o rio São Francisco, assegurando o domínio e expansão do interior do território e combatendo os índios hostis. Duarte Coelho, por sua vez, tratou de instalar grandes engenhos de açúcar no território pernambucano, incentivando também o plantio do algodão. Em pouco tempo, a Capitania de Pernambuco se tornou a principal produtora de açúcar da colônia. Consequentemente, era também a mais próspera e influente das capitanias hereditárias.

Ilustração Vila de Igarassu

Surge em Pernambuco o protótipo da sociedade açucareira dos grandes latifundiários da cana-de-açúcar, que perdurará de forma majoritária nos dois séculos seguintes. O cultivo da cana-de-açúcar adaptou-se facilmente ao clima pernambucano e ao solo massapê. A maior proximidade geográfica de Portugal, barateando o custo do transporte, a abundância do pau-brasil, o cultivo do algodão e os grandes investimentos feitos pelo donatário na fundação de vilas e na pacificação dos índios são outros fatores que ajudam a explicar o progresso da capitania. Discorrendo sobre o centro da economia colonial, o padre Fernão Cardim disse que "em Pernambuco se acha mais vaidade que em Lisboa", opulência que parecia decorrer, como sugere Gabriel Soares de Sousa em 1587, do fato de, então, ser a capitania "tão poderosa (...) que há nela mais de cem homens que têm de mil até cinco mil cruzados de renda, e alguns de oito, dez mil cruzados. Desta terra saíram muitos homens ricos para estes reinos que foram a ela muito pobres".

A prosperidade de Pernambuco, no entanto, transformou a capitania em um ponto cobiçado por piratas e corsários europeus. Já em 1595, durante a Guerra Anglo-Espanhola, o almirante inglês James Lancaster tomou de assalto o porto do Recife, onde permaneceu por quase um mês pilhando as riquezas transportadas do interior, no episódio conhecido como Saque do Recife. Foi a única expedição de corso da Inglaterra que teve como objetivo principal o Brasil, e representou o mais rico butim da história da navegação de corso do período elisabetano.

Por volta do início do século XVII, a Capitania de Pernambuco era a maior e mais rica área de produção de açúcar do mundo.


Bom gente como a história do nosso estado é muito complexa e demanda de muito mais informações iremos dividir esse artigo em 3 partes essa parte focando mais no descobrimento e no período pré-colonial com os próximos artigos complementando as informações, ahh e lembrando que isso é só um resumão e as fontes seguem logo abaixo pra quem quiser se aprofundar no tema. Muito Obrigado e Hasta Luego.


Fontes:

Wikipedia - Pernambuco

UFPE-Etimologia de Pernambuco

Acervo Mauricio de Nassau

Google Imagens - Pinturas Rupestres em Pernambuco

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